segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Soneto aos bancos de sangue

Só vão lhe perguntando o que mais doa
Se o prestimoso gay dá de doar sangue
Pois homem que a Sodoma adote e ame
"A linfa contamina, em nada é boa"

Numa entrevista o homem presta exame
Se o cu foi cono, logo é renegado
E o sangue, que também dá de bom grado
Não serve: "de bactéria isto é um enxame!"

Porém, mulher que tenha se orgasmado
Dos dois buracos ao prazer que a dane
De modo algum lhe passa um tal vexame

Recebem-lhe o amor contaminado
Nos bancos só não vale é haver viado
Seus mortos querem puros de um tal sangue