Do sem menso
>>>>>>>>>>>>A expressão do objeto ponto acodiu Sérgio Armando ao deter-se olhando para o seu amor, Artur dos Santos, com olhos comensais
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>>>>>>>>>>>>E deram-se ao sabor primordial, que não intentaremos remedar pelas sucessões secundárias do senso
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sábado, 30 de janeiro de 2010
Entrementes
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>>>> esvai-se – retoma – expande – contrai-se
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>>>> um ponto
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>>>> germina tons altíssimos – a mais derivação mais remotíssima
>>>> ponto natural – parca esperança – as ondas equacionam muito mal
>>>> o ponto – das singularidades – nem vem de um eixo reto
>>>> uma sorte de coisas interrompe a noite – noite
>>>> ou irrompe - ali: em que algum homem esperava
>>>> rompe – sem integridade – seguramente onde se conclui nada
>>>> cor do verniz preto... preto – com que é tudo bálsamo
>>>> lente – pilão de histórias – arremessados fora
>>>> vida de homens de cartola – cauterizada
>>>> esvai-se – retoma – expande – contrai-se
>>>> tenho óculos e tenho bigodes
>>>> e porque não sob eles tenho também um espírito brincalhão
>>>> tenho amor – ascensão – queda insípida – tremores
>>>> tremores noturnos
>>>> tremores noturnos
>>>> noturnos
>>>> a maior balela
>>>> a maior – suspiragem poética – gosto de fibra recém-colhida
>>>> ainda que insipiente – antigo espírito – aquele tabagista
>>>> borbulha – quer cor cada fissura – a boca mal-cicatrizada
>>>> não quero mais nada – mais – que não mais nada
>>>> o meu ponto-frequente.
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Homem Rico
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>>>>>Vejam aquele que passa
>>>>>aquele é o tal homem Rico
>>>>>dizem que tem vasta posse
>>>>>de que é tanta, não tem fim
>>>>>- Mas como é que passa assim?
>>>>>onde estão seus caros panos,
>>>>>seus espelhos, seu carmim?
>>>>>de quantas pensões dispõe?
>>>>>faz feitiços e abusões
>>>>>pra conquistar seus cristais?
>>>>>e se faz, onde é que estão
>>>>>essas peças e outras mais?
>>>>>tantas posses, onde estão?
>>>>>nem se vê nada demais!
>>>>>Não são coisas dessas, não
>>>>>ele tem só duas paredes
>>>>>pra pregar o seu cordão
>>>>>ele pende moedas sonhos
>>>>>no cordão, entre as paredes
>>>>>pinta cores sobre amores
>>>>>tantos quantos sonhos teve
>>>>>de nós, de quem vem ganhar
>>>>>Não tem tetos nem penhores
>>>>>faz baixar os céus ao chão
>>>>>quando dá cores ao meu
>>>>>sonho de constelação
>>>>>Vejam aquele que passa
>>>>>tem mais um no seu cordão
domingo, 10 de janeiro de 2010
Topada
abalança
estacada virgem do brás
postiço enteados de virgo
tocadores e pífaros dores
as ancas
mãos maçanetas mãos mancas
desbarranca me feito chupeta
elefeito doputo estacado
de dopuro depuro marcado
se punheta petas tocadores
c l u b ..s o c i a l c l u b
estaca
ta tá ta ta táp
tum tu tum tu tum
> >tu.
çanetas coríntios machados
assados de francos impérios
sentado sombrio fuzilado
> >do outro lado
> >> >n ã o .d e i x a .e u ..c a i r
> >> >n ..ã ..o ....d ..e ..i ..x ..a
c l u b
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
> >> >t ô .p á l i d o .e .r o x .o .
> >> >m i n h a id e i a...f i c a
> >> >u m a -.e...s .t..o.p.a..d.a
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Acepção
A sessão terminou, a outra vai começar em quinze minutos. No lado de fora do banheiro se ouve:
.. .. .. .. .- Eu num tô conseguindo nem assistir nem DVD mais.
.. .. .. .. .- Tá sem tempo.
.. .. .. .. .- Não, é que eu alugo um monte de filme aí eu chego em casa cadê o saco de assistir filme?
.. .. .. .. .- Ah sei.
.. .. .. .. .- Aí eu falo: "eu só faço, eu não assisto mais não".