quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Futilimite

Preso às minhas roupas e à minha classe
A testa me incha, estufam-se-me as têmporas
A fronte me cai mole encharcada

- O dinheiro que não tão me pagando
- Lá em casa tá um sufoco
- O serviço que eu contratei
- Precisamos de novos móveis para
Estes nossos odores
As dores físicas e os sentimentos
Temos que ficar
Temos que forçar o limite

O homem paradigma rechaça o delicado
O delicado inveja a bota de couro
A mulher pensa no desperdício de carnes
Como seria bom, agora, o delicado!
Esperando - passamos batom -
O chamado das senhas
Ri-se, ri-se muito
Falamos javanês a um canto, comentamos
A perdição de mundo
O entretenimento dos homens
Imergir em tudo e não doer
Sentir pressão de tudo


Grande é a vida
Grande é o pensamento único
Todo dia uma grande prova de força
Toda força uma grande prova de força
Entrar continuar suportar
Tudo em tudo, vamos!, mais força!

Temos que ficar
Temos que forçar o limite

E agora, esperar, que vai nascer
Mais uma rosa
Do buraco da máquina de senhas