O cavalo anda A carroça anda A barata anda A pomba anda O meliante anda O guarda anda A louca anda A enfermeira anda A fila anda A vida anda A onda anda O rato anda O gato anda
Eric Netto é designer gráfico e não vai falar. Então, queremos dizer que um poeta de fama, cujo nome não nos vem agora, considera a palavra um desprezo. A pessoa que é palavra: o que é, nesse sentido? (Hora maldita em que se enfurnou Descartes e resolveu limpar-se dos velhos escombros. Ele impôs uma tradição e agora só a formalidade lógica nos salva? logo,) uma pessoa de palavras é desprezo em pessoa! Não queremos mais palavras. Mas desde quando queremos isso ou aquilo? Drummond não vem desprezo. Nós, porém, que queremos coisas de Drummond... Não queremos nada que não seja só uma ponta de vida. As palavras estão mais simples até não sermos mais do que – do que leiauti, do que o traduzido, e o não-sei-quê esquadrinhado com extremo erro de registro.